Em pouco mais de duas semanas de actividade, a Brigada Amora Solidária já prestou auxilio a várias dezenas de agregados.
Os agradecimentos sucedem-se.
Quase à semelhante velocidade a que, a submissão de candidaturas a voluntários e os pedidos de ajuda, chegam e se agrupam sobre a mesa de trabalho da Equipa Permanente Brigada Amora Solidária.
São eles, os agradecimentos, a melhor forma de reconhecimento – à autarquia e aos voluntários - de um trabalho que “tem sido muito cansativo, mas extremamente gratificante”, sublinha Manuel Araújo.
Incansável, e sempre na linha da frente da gestão de voluntários e ajudas, o Presidente da Junta de Freguesia de Amora, faz “um balanço bastante positivo”, das cerca de duas semanas que sucedem o lançamento da iniciativa.
Na 1ª pessoa
As equipas iniciais foram divididas, mediante a disponibilidade, em fazer as compras e as respectivas entregas, de manhã ou de tarde. Dois a dois os voluntários, agregam as listas de compras dos utentes.
“Dei-me como voluntária porque sei que há muitas pessoas que não podiam ou não deviam sair de casa para ir às compras ou à farmácia e eu achei importante esta iniciativa e resolvi voluntariar-me”. Elisabete Lewis é uma das mais de meia centena de cidadãos que se submeteu, como voluntária, para a Brigada Amora Solidária.Ela, juntamente com João Teles, formam uma das primeiras equipas no terreno.
Devidamente identificados, os dois partem com destino a algumas das superfícies, que se mostraram parceiras nesta missão.
Terminadas as compras, entregam-nas. Assegurando as medidas de protecção individual (e colectivas),são escrupulosamente cumpridas.
Desta tarefa, atingem como resultado “um sentido de serviço e dever ”, assume, em poucas palavras, João Teles.
Do outro lado, soma-se uma ajuda inestimável que chega sob a forma de mãos de (quase) estranhos, que não se detiveram na ajuda ao próximo.
Uma ajuda que, muitas vezes, tem início no pedido de familiares que, estando longe, querem garantir que os seus estão nas mãos de alguém de confiança.
“Uma das nossas preocupações, ao disponibilizarmos este serviço com o cunho da Junta de Freguesia de Amora – e que recebe, igualmente, o apoio da Câmara do Seixal – foi que houvesse uma sensação inequívoca de maior segurança e confiança por parte de quem necessita dessa ajuda”, frisa Manuel Araújo.
Assim, os voluntários são devidamente identificados com o uso de um cartão onde consta: o nome da iniciativa, o nome do voluntário, a assinatura do Presidente da Junta de Freguesia de Amora e o carimbo branco da autarquia.
“Outra segurança que era necessária garantir, dizia respeito à sanitária. Ou seja, à que se refere ao uso de protecções individuais, como a máscara e as luvas, no momento em que a entrega é efectuada”, esclarece o presidente da Junta de Amora. E isso, foi conseguido, “graças ao apoio do Município, que disponibilizou uma série de kits de protecção individual, que são oferecidos aos voluntários para melhor poderem cumprir a sua missão”.
Uma missão que já levou a Brigada Amora Solidária à porta de “várias dezenas de agregados que, de uma forma ou de outra - pela idade, pela saúde, por circunstâncias diversas de vida - têm ausente um apoio mais próximo que garantisse a aquisição de bens essenciais e que, nesta Brigada, encontraram esse apoio e que está para continuar”, resume o autarca.
Aos voluntários, trabalhadores, parceiros e utentes, a Junta de Freguesia deixa o seu “Obrigada: por confiar no nosso trabalho”.