Sobre as noticias que tem sido publicadas e comentadas em alguns órgãos da comunicação social, relativas ao Cemitério Paroquial de Amora, sem que a J. F. de Amora, enquanto entidade gestora do referido espaço, alguma vez tenha sido ouvida, convém esclarecer o seguinte.
Houve duas situações que aparentemente nada tem a ver entre si, só a investigação policial o poderá vir a determinar se de facto houve alguma relação.
No passado dia 13-10-2016 fomos alertados pela pessoa titular de um ossário (pequena urna onde é guardada a ossada proveniente dos levantamentos de defuntos após seis/sete anos da sua inumação e por opção da família) de que que a gaveta onde se encontrava a urna de familiares seus, tinha a porta arrombada e a urna tinha vestígios de ter sido aberta, disse ainda que havia mais gavetas com as portas abertas no mesmo bloco.
Depois de termos verificado os fatos, seis gavetas de ossários tinham as portas arrombadas e as urnas com vestígios de terem sido abertas, participamos à PSP da Cruz de Pau, que de imediato se deslocou ao local e tomaram conta da ocorrência, verificando-se que das seis urnas abertas tinham desaparecido cinco caveiras retiradas cirurgicamente. Mais não sabemos, estando os titulares dos referidos ossários a serem contatados para pessoalmente serem informados do ocorrido.
A segunda ocorrência que aparentemente nada parece ter a ver com a primeira verificou-se na noite de 19-10-16 para 20-10-16 e apenas podemos referir o que se terá passado dentro do cemitério.
Encontramos uma das vedações do lado da Praceta Camilo Pessanha, no acesso que dá para o adro da igreja, forçada, provavelmente o local por onde deverão ter entrado os intrusos, vários pingos de sangue e cabelo ao longo de vários talhões, indícios de o muro do portão do lado das casas mortuárias ter sido escalado.
Não houve qualquer campa, gavetão, ossário ou jazigo com indícios de ter sido tocado , não se compreende assim as notícias de ossadas remexidas e caveiras roubadas.
O Cemitério Paroquial de Amora é um local sensível, cuja memória dos que ali jazem e os seus familiares nos merecem o máximo de respeito, tal como os familiares do jovem falecido, cujas circunstâncias só o trabalho da investigação policial poderá apurar.
Pedimos assim a todos os intervenientes que evitem especular com informações sem qualquer fundamento e que aguardem que a justiça faça o seu trabalho.