Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego verificada em novembro de 2013 foi de 15,5 por cento, correspondendo a 824 mil desempregados, sendo a quinta mais elevada entre os 28 países da União Europeia. Entre os menores de 25 anos, a taxa de desemprego está a aumentar, sendo de 36,8 por cento.
Relativamente às notícias avançadas, de diminuição do desemprego em Portugal, a CGTP-IN refere, na sua página de Internet (http://www.cgtp.pt), que a «variação ocorre num contexto de forte emigração (que ultrapassa já os níveis da década de 60 do século XX) de extensiva e crescente utilização de programas de ocupação de desempregados e cada vez maior desencorajamento que faz com que os desempregados desistam de procurar emprego, sendo assim excluídos destes números», que «a maioria dos desempregados não tem acesso a qualquer prestação de desemprego – apenas 310 mil têm subsídio de desemprego e 66 mil apenas o subsídio social de desemprego» e que «em apenas um ano (no período que terminou no 3.º trimestre de 2013) a população entre os 15 e os 64 anos diminuiu 80,2 milhares, a maioria devido à emigração». Relativamente à ocupação de desempregados, acrescenta a Intersindical, «o IEFP tem apostado fortemente em medidas/trabalho socialmente necessário, estágios e formação profissional, algumas de qualidade duvidosa, como os contratos emprego inserção ou medidas que fomentam a contratação a prazo com dinheiros públicos, não sendo abrangidos/incluídos como desempregados nos números agora divulgados». Assim, salienta a CGTP-IN, «se os desempregados ocupados fossem incluídos, bem como os 332 mil inativos disponíveis e indisponíveis estimados pelo INE, o desemprego apurado pelo Eurostat seria de um milhão e 300 mil pessoas». Opinião semelhante tem a UGT, que, em nota informativa, frisou que os valores atingidos são «bastante preocupantes». «Infelizmente todos os dados convergem para uma situação cada vez mais dramática com que se confrontam os trabalhadores e as suas famílias, prevendo-se um agravamento da taxa de desemprego de 17,4 por cento em 2013 para 17,7 por cento em 2014, de acordo com as previsões do Governo constantes no Relatório do Orçamento do Estado para 2014», salienta a UGT.