Face à situação de rutura no Hospital Garcia de Orta, a Câmara Municipal do Seixal, em comunicado divulgado no dia 21 de janeiro, reforça a necessidade urgente de se agendar uma reunião com o ministro da Saúde para, mais uma vez, demonstrar que as populações dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra necessitam de mais um equipamento hospitalar, que responda às suas necessidades.
Esta reunião já foi solicitada, no dia 19 de dezembro, pelos autarcas dos três municípios, que aguardam uma resposta do ministro Paulo Macedo. «As notícias vindas a público nos últimos dias e que dão conta da incapacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta, o único que serve os 450 mil habitantes da Margem Sul, confirmam a insuficiência daquela unidade hospitalar, para responder aos cidadãos que aí se deslocam e que esperam inúmeras horas, comprovando-se a urgência da construção de um hospital no concelho do Seixal», salienta a autarquia. Dada a situação de rutura em que se encontra o hospital de Almada, é unanimemente reconhecido que não há reestruturações, nem medidas pontuais que se possam realizar de modo a resolver o problema de fundo: a necessidade de uma nova unidade hospitalar complementar ao Hospital Garcia de Orta.
Fugir aos compromissos
«O Governo não pode continuar a fugir aos seus compromissos, procurando evitar a necessidade de construir o novo Hospital no concelho do Seixal. Utentes e profissionais da saúde sentem, no dia-a-dia, a necessidade dessa construção. A situação a que se chegou no Hospital Garcia de Orta é manifestamente insustentável e não é, infelizmente, uma questão pontual, o quotidiano dos utentes e dos profissionais de saúde é cada vez mais complicado, infelizmente somente desconhecido pelo Conselho de Administração daquele hospital», acusa a Câmara Municipal do Seixal. Perante esta situação, cada vez mais insustentável, exige-se, por isso, que o Governo assuma as suas responsabilidades, cumpra os compromissos assumidos com as populações, as comissões de utentes da saúde e as autarquias dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, e proceda à adjudicação do projeto de execução que está pronto há quase dois anos.