Na tomada de posse da Assembleia e da Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo lembrou a todos que o «desafio que temos pela frente é exigente», tendo em conta que o último mandato foi executado «debaixo do memorando imposto pelo troika» e que o Orçamento do Estado para 2014 «não traz nada de bom para o mandato que hoje iniciámos», com «cortes e mais cortes, mais austeridade, mais desemprego e mais benesses para aqueles que mais deveriam pagar».
No entanto, sublinhou, «acreditamos nesta Freguesia e nos seus cidadãos, e a motivação é sempre maior quando sonhamos e sentimos os resultados do nosso trabalho, mas principalmente quando sonhamos que o nosso trabalho nunca foi concluído».
«Os recursos que vamos ter à disposição vão ter que ser geridos com muita racionalidade e com prioridades muito bem definidas», afirmou o Presidente da Junta de Freguesia, informando que a nova lei 75/13, publicada a 12 de setembro de 2013, «traz-nos novas competências», embora não dê «os meios necessários para executá-las», antes pelo contrário: «reduz de ano para ano as transferências do FFF». «Não fosse os protocolos de delegação de competências assinados com o Município e não teríamos meios sequer para assegurar o funcionamento da Junta», precisou Manuel Araújo, frisando: «Teremos todos de lutar por mais competências, mas também pela transferência financeira correspondente».
Eixos de ação
Relativamente ao programa de ação apresentado pela CDU, o Presidente da Junta de Freguesia de Amora deu conta que o mesmo baseia-se em seis eixos: Espaço Urbano, Intervenção Social, Saúde, Educação, Desporto e Cultura.
Sobre o Espaço Urbano, as prioridades continuarão a ser «a manutenção e a requalificação do espaço público em toda a Freguesia, procurando sempre melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos nossos fregueses». «Para além das obras que consideramos normais, queremos continuar a colaborar com o Município com outro tipo de intervenções, seja na requalificação ou na construção, como é disso exemplo os muitos projetos de obras de proximidade já executados ou em estudo», acentuou.
Na Intervenção Social, a Junta de Freguesia de Amora vai também continuar a «apoiar as famílias carenciadas, identificadas pelo nosso gabinete social ou pelos parceiros sociais, através dos diversos projetos existentes e outros que possam vir a ser criados». «Prosseguiremos com o apoio aos Bombeiros e às IPSS», prometeu Manuel Araújo, que não quer estimular nem alimentar «a caridadezinha», nem substituir-se «às obrigações que o Estado tem através da Segurança Social».
Atenção particular
Já na Saúde, para além do desenvolvimento de projetos com as escolas na área da saúde oral e visual, a Junta de Amora vai dar «particular atenção à promoção da saúde mental», dando continuidade ao estudo efetuado em 2010 na Freguesia pela Escola Nacional de Saúde Pública, e na Educação a comunidade escolar e os seus principais interlocutores «serão reforçados no apoio estabelecido e nos seus projectos educativos, com destaque para as “Hortas Pedagógicas”, assinalando sempre os momentos importantes no crescimento das crianças».
Por seu lado, no Desporto, para além do apoio ao movimento associativo, Manuel Araújo manifestou a convicção de desenvolver «ainda mais o programa “Amora em Movimento”», e na Cultura, alavanca para a diminuição da exclusão social e para o reforço da auto-estima, «projetos que preservem as nossas tradições, com uma visão clara no apoio aos agentes culturais, através da formação da Comissão Cultural de Freguesia».