O primeiro frigorífico transformado em biblioteca pública, do projeto de promoção da leitura e dos autores locais (e não só), resultante de uma parceria entre Junta de Freguesia de Amora e Associação Mensageiro da Poesia, já está em funcionamento no Parque do Serrado.
O primeiro “Livros ao Fresco” disponibilizado em espaço público foi dado a conhecer no dia 21 de Março – dia em que se assinalou o Dia Mundial da Poesia. O primeiro frigorífico deste projeto, colocado em espaço público, ficou no Serrado e dentro dele a população adulta pode ler livros de poesia e narrativa de autores locais, sobretudo. Para os mais pequenos, há toda uma secção de livros infantis para diversas idades.
“O saber ler é uma das maiores conquistas que Abril nos trouxe, por isso, é nossa obrigação e dever, proporcionar espaços de leitura e que esses sejam democráticos também na idade porque sabemos que há hábitos que se adquirem de tenra idade e o hábito de ler é um deles”, ressalva Nelson Ramos, presidente da Junta de Freguesia de Amora.
“Não sou nada | Nunca serei nada. | Não posso querer ser nada. | À parte isso, sou um frigorífico e tenho em mim o mundo em livros”, e é com este trocadilho do poema de Fernando Pessoa que é dada uma nova missão ao frigorífico outrora inutilizado: guardar alimentos para a alma, frutos para a imaginação e vitaminas para a curiosidade.
“Para que o projeto viva é necessário que as pessoas usem – e bem – os livros que lhes disponibilizamos: os leiam, os devolvam e até coloquem outros que tenham lido e que queiram partilhar. Este é um projeto que quer ir além da leitura, quer ser um projeto de partilha, de empatia, de respeito e de vivência do espaço público nas suas mais diversas vertentes e por todos os que aqui habitam”, reflete o autarca.
O projeto “Livros ao Fresco” foi inaugurado de forma simbólica. Tratando-se de livros e do dia da poesia, não pôde faltar a presença de alguns associados do Mensageiro da Poesia que declamaram poemas sobre Abril.