Envolver a comunidade na valorização do Espaço Público é o objectivo principal do projecto municipal “Amor'à Arte. A primeira intervenção artística do projecto está a decorrer na zona ribeirinha de Amora, com a participação de um grupo de mulheres pertencentes à AMUCIP - Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas de Portugal.
Os desenhos dos velhos varinos que, outrora encheram e coloriram a baía do Rio Judeu, e a poesia visual que emanam, assim como o vai e vem da maré foram o ponto de partida para a criação artística pensada para a zona ribeirinha da Amora no âmbito do projecto da Câmara Municipal do Seixal, “Amor'à Arte”.
A primeira acção do projecto conta com a participação de um grupo de mulheres pertencentes à AMUCIP - Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas de Portugal, e contempla a pintura nos bancos existentes no Largo Manuel António da Costa. No decorrer dos próximos meses, outro mobiliário urbano será intervencionado com outras acções artísticas dinamizadas pelo Gabinete de Participação e do Gabinete de Projectos Culturais (Serviço Educativo de Arte Contemporânea), da Câmara Municipal do Seixal, que contará com o envolvimento de outras associações da freguesia de Amora.
Este é um projecto multidisciplinar do Município, que funde a intervenção artística urbana com a participação directa da comunidade, “através de dinâmicas de revitalização do espaço público associadas a uma identidade do local fazendo dos grupos participantes agentes activos, envolvidos e comprometidos com a melhoria, a transformação e a reinvenção de uma identidade colectiva”. É uma das muitas formas encontradas para que “a população crie laços e sentido de pertença com o território onde habitam, desta forma há uma apropriação do Espaço Público diferente”, acredita Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora que recebe este projecto municipal.
De acordo com a Câmara Municipal do Seixal, “tão ou mais importante que a revitalização do espaço físico é a criação de uma consciencialização para o bem público, a autonomização de cada participante e a aquisição de ferramentas de consciência crítica”.