Na inauguração deste espaço, no dia 13 de Abril, onde estiveram várias dezenas de pessoas, intervieram, depois da actuação dos Tocá Rufar, José Pedro Soares, da Editora Página a Página, Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora, e Alfredo Monteiro, Presidente da Câmara Municipal do Seixal. «Há uma grande diversidade de livros e de obras para as crianças, para os jovens, para os adultos, de todas as temáticas e géneros literários», revelou José Pedro Soares, frisando que até ao dia 29 de Abril, «todos os dias, de manhã à noite, os pais, os filhos, os professores, podem vir aqui, desfolhar e ler». «Há aqui autores novos, há livros antigos, há muitas obras em promoção, a preços muito mais apetecíveis e mais baratos», frisou, sabendo que «quando falta o pão e o leite» a «cultura sofre com isso». «Os livros ajudam a nossa formação, e lançam um alerta para despertarmos, para sabermos que as coisas não podem continuar assim», sustentou José Soares.
Manuel Araújo começou por dizer, em nome da Junta de Amora, que «é um grande privilégio podermos acolher esta sétima edição da Feira do Livro, um dos principais eventos que se realizam na Freguesia, a nível cultural». «Para nós, a cultura não é vista como uma despesa, mas sim como um investimento que fazemos à nossa população», afirmou, criticando o facto de o Governo ter acabado com o Ministério da Cultura, «ficando-se por uma simples secretaria de Estado, que mais não é do que uma comissão liquidatária de muitos projectos, de muitos sonhos».
Aproveitando o momento, o Presidente da Junta de Freguesia de Amora saudou ainda o protesto realizado, naquele dia, pelos trabalhadores e pelos autarcas contra a extinção de um terço das freguesias do nosso País. No concelho do Seixal, por exemplo, o Governo quer acabar com três das seis freguesias existentes.
A terminar, Alfredo Monteiro disse que aquela «não é apenas uma Feira do Livro, é muito mais do que isso, é uma Festa, que visa a promoção dos livros e da leitura». «Em tempos difíceis, não podemos perder o rumo de um País, da sua identidade, das conquistas da liberdade», destacou, alertando para aumento do desemprego e da inflação, que «está a levar os trabalhadores, os jovens, os reformados, a população em geral, a uma situação dramática».