No período aberto às intervenção, Horácio Cardoso começou por saudar a «mesa» bem como «todos os congressistas e convidados presentes», e, de seguida, falou do trabalho da Junta de Freguesia de Amora e da Câmara Municipal do Seixal na «eliminação das barreiras arquitectónicas», problemas «com que os deficientes se deparam no seu dia-a-dia».
Neste sentido, salientou o facto de a Cidade de Amora ter sido «seleccionada com outras congéneres europeias ao Prémio Europeu de Cidades Acessíveis». Desse trabalho, destacou o «rampeamento de passeios, a sinalização luminosa na maioria das passadeiras, a construção de rampas e colocação de sistemas de elevação em vários locais públicos». «Espero que esta minha intervenção sirva de estimulo a outros para abolição de barreiras arquitectónicas e assim permitir uma melhor mobilidade aos portadores de deficiência», acrescentou.
O Congresso da CNOD realizou-se num período de cortes orçamentais e medidas restritivas anunciadas pelo Governo e recentemente aprovadas na Assembleia da República, e três dias depois da grande greve geral convocada pelas duas centrais sindicais e que teve a participação de mais de três milhões de trabalhadores em protesto contra estas decisões anti-sociais do Executivo PS. Medidas que se reflectem de forma mais agravada nas pessoas com deficiência.
Por ali falou-se ainda da legislação relacionada com as pessoas com deficiência, tanto a nível nacional como internacional, nomeadamente a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, subscrita pela União Europeia e Portugal, e da possibilidade de se realizarem manifestações de protesto para exigir plenos direitos de inclusão e de cidadania.