O aniversário foi comemorado, de manhã, com pompa e circunstância, pelo Executivo da Câmara Municipal do Seixal e da Junta de Freguesia de Amora, que se fez representar pela sua presidente, Odete Gonçalves, e de toda a comunidade educativa. A tarde foi para os seus futuros utilizadores, os alunos, que puderam assistir a uma corrida de estafetas e participar numa aula de dança. «O campo é o mesmo, o piso é que é muito melhor», salientou, no início destas comemorações, Nuno Adeganha, dando os «parabéns» a todos quantos frequentam aquela escola e desejando «um futuro bom e felicidades para todos».
Em declarações ao sítio da Junta de Freguesia de Amora, o director recordou o quanto aquela escola mudou nos últimos anos, e explicou como a instituição se teve que adaptar aos novos tempos. «Há um ano, nesta escola, havia muita gente que não gostava uns dos outros, porque são de bairros e de países diferentes. Hoje sinto que estão entrosados. Esta escola sempre primou pela inclusão, é uma honra termos cá pessoas de nacionalidades diferentes, de sensibilidades diferentes», referiu.
Esta é, de igual forma, uma escola de referência para alunos surdos, a única que existe no distrito de Setúbal. «Somos os únicos que, de todas as escolas da DREL, pomos surdos no ensino superior», disse Nuno Adeganha, dando ainda conta de outros alunos com multi-deficiência. Para os acompanhar existe um grupo de educação especial com 31 elementos (terapeutas da falta e ocupacionais, interpretes, formadores de língua gestual e professores).
Sobre o novo piso da pista e o campo de saltos, o director rendeu-se às evidências a salientou a «boa vontade» da Câmara Municipal do Seixal, da Junta de Freguesia de Amora e das associações de pais neste trabalho. «Esta é uma mais valia para a escola», frisou, lembrando que em todo o Agrupamento existem 1600 alunos, 800 na Escola Básica 2/3 da Cruz de Pau e os restantes nas outras escolas e jardins-de-infância.
Para o futuro, a exigência passa por um pavilhão desportivo, pretensão que já existe há mais de 10 anos e que o Governo, de alguma forma, anda a ludibriar o município, «que não pode ter mais este encargo». «A questão é que o município não se pode comprometer a fazer mais um pavilhão e a ficar, mais uma vez, com o prejuízo, ou seja, não teve nenhuma ajuda por parte do Governo», acrescentou Nuno Adeganha, concluindo: «Não é lógico que uma escola onde há tanta gente não tenha um pavilhão desportivo».
