Os efeitos do Covid na Saúde Mental das populações idosas

Os efeitos do Covid na Saúde Mental das populações idosas

A Junta de Freguesia de Amora e a Associação Vencer o Tempo uniu-se, uma vez mais, para discutir assuntos de interesse para a população. O Covid e a Saúde Mental em maiores de 60 anos foi o tema que foi desfiado no Auditório da Universidade Sénior do Seixal – UnisSeixal.

O desafio foi lançado à autarquia de Amora e à Associação, no âmbito do seu trabalho integrado no projeto Saúde no Bairro, por parte da Reitora da UnisSeixal, Prof.ª Mariana Marreco; no seguimento dos sucessivos confinamentos a que fomos sujeitos nos últimos dois anos, a visibilidade para as matérias ligadas à Saúde Mental ganhou espaço na esfera pública.

No painel, para debater e desconstruir o que é afinal a infecção pelo SARSCov2, contou-se com a presença dos médicos infecciologistas do Hospital Garcia de Orta, Dr. João Lourinho e Dra. Maria Miguel; do ponto de vista da Psicologia, perceber quais os efeitos colaterais que a pandemia infligiu (e inflige) sobretudo na população sénior e quais as ferramentas tecnicamente usadas para os combater, fizeram parte da partilha levada pela Dra. Cristina Catana, Psicóloga Clínica no Hospital Garcia de Orta.

Perante uma audiência com mais de cinco dezenas de pessoas, os médicos infecciologistas relembraram que estas transições de vírus de animais para humanos, fazem parte da história da Saúde e da Infecciologia. No caso do SARCov2, o ponto de origem ainda se encontra sob alguma névoa, mas acredita-se que foi uma fuga involuntária de um vírus em estudo e que teve como ponto de contaminação um morcego. Mas “tendo em conta os avanços da Medicina e da Investigação, foi facilmente identificada a tipologia do vírus e rapidamente se pode actuar, embora ainda haja muitas questões sem resposta”, concordaram os jovens médicos especialistas.

A única certeza, de acordo com estes especialistas, é que o melhor combate ao vírus foi a introdução da vacina. Olhando para as estatísticas, o SARSCov1 - o vírus anterior a este que deu início à Gripe A - foi responsável por cerca de 10% de mortes a nível mundial, entre os anos 2002 e 2004. No caso do SARSCov2, há 6 milhões de mortes associadas desde 2019, cerca de 1% da população, no entanto a diferenciação prende-se com a capacidade de disseminação por contágio direto que este vírus atingiu que o elevou a estatuto de pandemia. Mas com a introdução da vacina, o que “aconteceu é que coincide com a diminuição da curva de mortalidade associada ao número de infeções, por isso queremos acreditar que é significativo de impacto positivo da mesma”. Por isso, defendem, “a vacinação como sendo o passo mais importante para a diminuição dos efeitos mais nefastos e deverá passar a ser periódica dada a perca de eficácia da mesma”.

Pensamento e rotinas positivas no combate à doença mental

Quebrar o pensamento de solidão e implementar o pensamento de solitude – para quem tem de passar pelo isolamento, é o primeiro passo e o mais importante para que quem está sozinho, de acordo com Cristina Catana. A Psicóloga Clínica do HGO, elencou uma série de “atitudes” a serem encetadas pelo individuo para contrariar a negatividade e o degradar da saúde mental.

Um dos pontos considerados importantes para a prevenção da debilidade da Saúde Mental é o uso da da música. Relembramos aqui, o projeto “Música na Rua” da Junta de Freguesia de Amora, que levou a música às ruas / janelas da população e que contribuiu em grande parte para o amenizar da situação de isolamento durante o auge da pandemia.

Aliás, neste ponto, Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora, relembrou “a importância que que este tema sempre teve e continuou a ter junto do Executivo da autarquia, e que se traduziu na implementação de vários outros projetos de apoio psicológico gratuito, nomeadamente em ambiente escolar”

Alguns recursos para lidar com o isolamento:

• Práticas de Meditação e Yoga
• Oração de qualquer religião
• Exercícios físicos e dança em casa
• Atividades artísticas (pintar, escrever, cantar, etc)
• Atividades laborais (trabalhos manuais e intelectuais)
• Cozinhar
• Costurar
• Cuidar de si e dos outros
• Cuidar da casa
• Retornar hábitos antigos
• Escrever posts, diário, poemas
• Conversar com familiares e amigos
• Evitar bebidas estimulantes (café, guaraná, chá preto)
• Evitar uso excessivo de media sociais
• Delimitar rotinas
• Brincar com crianças

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