As entrega de refeições aos utentes da Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos do Fogueteiro (AURPIF) vai ser possível ser efetuada de forma económica e segura, graças ao apoio da Junta de Freguesia de Amora - que possibilitou a aquisição de termos e cestos para responder aos 45 utentes que usufruem do serviço de apoio domiciliário.
É hora de almoço.
Na cozinha, as duas cozinheiras, garantem a confecção do repasto do dia: polvo com feijão.
O refeitório da AURPIF é preenchido apenas com o cheiro dos alimentos. Está vazio dos utentes usuais e agora transformado numa espécie de linha de montagem de preparação dos cestos, que carregam a refeição quente do dia, para os cerca de 45 utentes da associação de solidariedade social do Fogueteiro.
Sobre uma das mesas empilham-se os termos e respectivos cestos – adquiridos com o apoio da Junta de Freguesia de Amora, e que se juntam a outros tantos e que vão servir para revezar a entrega dos alimentos, de forma segura, prática e garantindo que permanecem quentes.
“Temos muito que agradecer, à Junta de Freguesia de Amora e ao Senhor Presidente Manuel Araújo, porque com esta ajuda, para a aquisição dos termos para as refeições e os cestos para as entregas – assim como equipamentos de limpeza e roupas descartáveis para os nossos funcionários – vamos conseguir manter o nosso serviço de apoio domiciliário”, desabafa Filomena Silva, presidente da Direcção da AURPIF.
Até há bem pouco tempo, as refeições eram entregues em caixas descartáveis o que, descreve a representante da associação de solidariedade social, “se estava a tornar muito dispendioso e não estávamos a conseguir já garantir a sua compra porque, como temos as instalações e o bar fechados, deixámos de ter receitas que eram e são importantes para nos mantermos abertos”.
“Esta é uma das muitas ajudas que prestamos às instituições da Freguesia”, começa por frisar o presidente da Junta de Freguesia de Amora. A par disto, “é uma forma de apoiarmos a nossa população através destas associações, numa altura muito complicada em que os Centros de Dia estão encerrados e as pessoas estão em casa, o que implica uma logística muito maior daquela que tinham anteriormente. E nem todas, ou nenhuma, têm capacidade para responderem às exigências do momento”.
Para Manuel Araújo, “o nível da higiene e da segurança que é necessário, de forma diária e constante, com as funcionárias a terem de usar os equipamentos e material descartável, representa um esforço financeiro muito grande para as instituições”.
O autarca chama para as autarquias, mas em particular para a Segurança Social, a responsabilidade de olharem para este esforço “e ajudarem, senão muitas instituições não terão possibilidades de subsistir e a deixarão de poder dar apoio a quem precisa, neste caso, à população mais idosa.”