As Comissões de Utentes da Saúde do Seixal e de Almada criticam o facto de a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) não considerar, no quadro do concurso para preenchimento de 70 vagas de médicos de família, qualquer vaga destinada às unidades de saúde dos concelhos do Seixal e de Almada.
Esta situação é tanto mais grave quando é conhecido o número (mais de 70 mil) de utentes sem médico de família nestes dois concelhos. «As populações do Seixal e de Almada continuam a ser vítimas de uma política que as impede de ter acesso aos cuidados de saúde, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, seja pela falta de profissionais de saúde – médicos, enfermeiros e outros trabalhadores indispensáveis para o atendimento dos utentes –, seja pelo encerramento e horários desadequados dos equipamentos de saúde», contestam as Comissões de Utentes.
No dia 19 de janeiro, a Câmara Municipal do Seixal aprovou uma resolução onde condena o agravamento das condições de acesso a cuidados de saúde e exige a construção do Hospital no concelho do Seixal, uma vez que a capacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta é «insuficiente».