Integrado nas comemorações do 44º aniversário do 25 de Abril, foi inaugurado o Monumento aos Resistentes Antifascistas, na nova rotunda do Fogueteiro. Uma homenagem àqueles que face à injustiça e totalitarismo ditatorial em Portugal lutaram com sacrifício pessoal e familiar, muitas vezes pagando com a privação de liberdade e o exílio ou mesmo com a própria vida.
Construída recentemente, a rotunda recebeu um monumento com expressão tridimensional que invoca uma simbologia poderosa, associada às mãos, que lembram a luta erguida para além do cativeiro, procurando alcançar a liberdade. Estas mãos erguidas contra o fascismo lembram ainda os troncos e ramos de uma árvore que se prepara para florescer, em cores diferentes que representam a multiculturalidade e diversidade política no concelho e no país.
O momento inaugural foi abrilhantado com a presença da banda da Sociedade Filarmónica Operária Amorense e contou com diversos eleitos do Poder Local do Seixal, entre os quais o presidente da Junta de Freguesia de Amora, Manuel Araújo, e o presidente da Assembleia Municipal do Seixal, Alfredo Monteiro. A ocasião recebeu ainda uma intervenção de professor Francisco Braga, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses, e de Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal.
O professor Francisco Braga considerou justa a homenagem que «honra a memória dos combatentes pela liberdade que sacrificaram a sua vida, estiveram presos ou exilados, em luta por uma sociedade liberta do fascismo e contra a sua política repressiva, reafirmando os valores da liberdade e democracia, ao serviço do povo e dos trabalhadores».
O representante da URAP lembrou que a luta contra o fascismo é uma luta dos nossos dias e alertou para «o seu branqueamento», assim como para «as muitas tentativas de reaparecimento que ameaçam os povos», considerando «importante aprendermos as lições da história».
O presidente da Câmara Municipal do Seixal lembrou que este monumento foi erigido numa rotunda construída «na confluência de duas artérias muito importantes, a Avenida 1.º de Maio e a Avenida dos Resistentes Antifascistas, associando a resolução de um problema de mobilidade a uma homenagem simbólica a um movimento de luta de muitos homens e mulheres, que nos permitiram derrubar o fascismo e viver em liberdade 44 anos depois do 25 de Abril».
Joaquim Santos enquadrou a construção da rotunda numa política de planeamento de mobilidade que tem já prevista uma nova intervenção na Estrada Nacional 10 que deverá retirar o último semáforo da via, ainda em funcionamento, entre o Fogueteiro e Corroios. O semáforo fica na confluência da Avenida 1.º de Maio com a Rua General Humberto Delgado e será substituído por uma outra rotunda, investimento da autarquia.
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