Brigada Amora Solidária em acção A Junta de Freguesia de Amora já está no terreno, com as primeiras equipas de voluntários que responderam, positivamente, ao apelo deixado pela autarquia.
Os movimentos nas redes sociais fizeram despoletar uma onda de solidariedade imensa entre vizinhos: muitos foram o que começaram a olhar para o lado e a perceberem que tinham idosos, famílias monoparentais, pessoas com doença crónica ou incapacidade motora que, neste contexto de recolhimento social, iriam ficar ainda mais isoladas. Inspirado por este movimento, Manuel Araújo decidiu reunir tropas e dar uma ajuda mais concertada, credível e institucionalizada a um movimento cívico, lançando a iniciativa Brigada Amora Solidária.
Mas o que se seguiu tornou o momento ainda mais emocionante.
Em 4 dias, um simples post nas redes sociais alcançaram mais de 5 mil pessoas, recolhendo mais de meia centena de contactos – directos e indirectos – e agregando mais de 3 dezenas de candidaturas para voluntários e outras tantas e mais para pedidos de ajuda.
“Esta iniciativa surpreendeu-nos pelo número de dinâmicas que criou”, confessa o presidente da Junta de Freguesia de Amora que, tem estado em permanência a trabalhar com uma equipa dirigida apenas para este projecto.
Em acção
A habitual sala de reuniões do edifício da Junta de Freguesia de Amora, transformou-se num centro de operações de acesso limitado. De lá, é gerido o recrutamento dos voluntários, a sua organização e distribuição por zonas e por tarefas; assim como as situações, mais ou menos dramáticas que agraciam a iniciativa e pedem apoio para coisas simples do dia a dia e que agora parece uma tarefa hércula: a aquisição de bens alimentares e farmacêuticos.
Os telemóveis não param: ora de receber telefonemas, ora de os fazer. Sobre a mesa, ergue-se o lema lançado para dar esperança num momento de incerteza: “Todos vamos ficar bem”. “Foi a filha de um funcionário que nos fez esta boneca com o arco-íris e acho que, automaticamente, se transformou na nossa mascote de trabalho”, revela o autarca.
Oficialmente, as equipas de voluntários foram organizadas no dia 24 de Março. Mas antes disso já “houve alguns casos dramáticos que foram sinalizados das mais diversas formas e sobre os quais nós (Junta com alguns trabalhadores) atuámos”.
Parcerias
Este é um trabalho de articulação que se sustenta, não só na Junta de Freguesia, nos seus trabalhadores e nos voluntários que foram seleccionados para esta 1ª fase, como “contamos com um processo de articulação com a Câmara Municipal do Seixal, que conta com outras valências de ajuda e para onde reencaminharmos os casos mais complexos”, explica Manuel Araújo.
E no meio do contra-relógio da ajuda social emergente, o presidente da Junta de Freguesia de Amora, faz uma pausa para os devidos agradecimentos.
“Tenho de dar uma palavra de reconhecimento aos voluntários, que têm sido em grande número e que mostraram uma disponibilidade ímpar para ajudar num momento destes; e uma palavra aos trabalhadores, da Junta da Amora e da Câmara do Seixal - e de uma maneira geral a todos aqueles heróis que, de facto, estão a assegurar o funcionamento do país”.
#fiqueemcasa
