O Executivo da Junta de Freguesia de Amora decidiu manter aberto ao público, de forma parcial, o Mercado da Cruz de Pau. Seguindo as directrizes da Direcção Geral de Saúde, mantém-se acessível a zona de produtos alimentares.
O estado é de Alerta. O que motivou um aumento exponencial na procura de bens alimentares, tanto nas grandes superfícies, como nos pequenos mercados. Sendo, a alimentação um bem de primeira necessidade, no cenário de isolamento social voluntário, o Governo decretou, como uma das excepções de quebra da regra, a saída para aquisição de produtos alimentares.
O Executivo da Freguesia de Amora, foi ao encontro desta necessidade e optou por manter as portas do Mercado da Cruz de Pau abertas.
“Dado o momento excepcional que vivemos, é imprescindível que a população tenha acesso a produtos alimentares frescos e em locais que, habitualmente, não registam um número tão elevado de procura ou de permanência de público, como acontece em grandes superfícies”. Por isso, esclarece Manuel Araújo, Presidente da Junta de Freguesia de Amora, “decidimos que a área alimentar (peixe, legumes e frutas) do Mercado da Cruz de Pau se manterá aberta, estando à consideração dos comerciantes abrirem as suas bancas ou não”. No entanto, frisa, “a zona que se refere ao chamado mercado levante e que respeita à venda de produtos não alimentares, será encerrada”.
Higiene, Segurança e Bom-Senso
Para que corra tudo dentro da normalidade possível, o Executivo já visitou o espaço, falou com os comerciantes e, em conjunto, reviram o que deverão ser as posturas a exigir aos clientes. “Óbvio que as questões de higiene e segurança dos produtos, serão ditadas por cada comerciante, mas o que frisámos foi a necessidade das mesmas terem correspondência directa com o que são as normas estipuladas pela Direcção Geral de Saúde e, acreditamos, que tal acontecerá”, afirma o autarca.
Assim, pede-seaos comerciantes que:
- façam uso de máscara e luvas descartáveis
- lavem frequentemente as mãos e as desinfectem
- tenham cuidado ao manusear dinheiro e alimentos
- coloquem alguma protecção entre os alimentos e o público.
Aos clientes é solicitado que:
- evitem tocar nos alimentos
- cumpram as regras de etiqueta respiratória.
A par destas recomendações, Manuel Araújo reforça o aviso - já deixado pelos próprios representantes Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) – de que não haverá falta de alimentos. Apelando que possa haver “bom-senso da população” ao fazer uso do “civismo, na aquisição dos bens necessários, para que os mesmos possam chegar a todos e não se agrave a situação já de si de alguma fragilidade”.
Estas novas regras entram em vigor a partir de 5ª feira, dia 19 de Março, e serão continuadas até se manter o actual cenário.
